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Água e Sódio

Publicado Terça-feira, 18 de agosto de 2020

Entre as minhas atividades – de gestor de um laboratório de análises ambientais – está a atividade de Gerência Técnica onde eu mergulho nas mais diversas questões; entre estas, o atendimento personalizado ao público para esclarecimentos sobre a água que bebemos.

As perguntas são variadas, mas todas, no final das contas, têm o mesmo objetivo: estar seguro sobre a qualidade da água que consumimos, seja da rede pública, poço artesiano, minerais e água de mesa.

Em cima destes questionamentos, selecionei tópicos que julguei necessários para desmistificar e/ou informar sobre as características do alimento mais importante para os seres vivos: a água.

A água que bebo tem muito sódio?

Em função do que foi levantado nas redes sociais e em alguns programas de televisão, este item tem gerado uma preocupação interessante e sempre utilizo para mostrar o outro lado da questão, além de dar outras contribuições básicas.

O sódio é um eletrólito importante para o organismo, pois é essencial para a manutenção da pressão osmótica do sangue, plasma e fluidos intercelulares e volume sanguíneo. A deficiência de sódio pode nos causar fraqueza e letargia, enquanto seu excesso pode levar a retenção de água e causar hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.

Dito isto, podemos entrar no debate sobre a quantidade de sódio nas águas.

A OMS (organização Mundial da Saúde) recomenda um consumo aproximado de 2g de sódio por dia.

Veja bem, se uma água mineral possui, em seu rótulo, a descrição de 100mg/L, significa que, se bebermos 1 litro desta água por dia, estaremos consumindo apenas 5% do valor recomendado pela OMS e, para atingirmos o valor total precisaríamos beber 20 Litros por dia. Está claro?

Por isso, entendo que estas questões merecem uma abordagem com muita cautela, sob pena de estarmos espalhando preocupações excessivas por aí.

Na realidade, nossa atenção deve ser direcionada para outros fatores da alimentação, pois o sal que nos trás danos sérios, é o somatório do que ingerimos diariamente. Sendo assim, a água não tem posição destaque nas concentrações de sódio e sim o sódio(sal) que colocamos propositalmente na salada, nas carnes e na nossa alimentação de rotina.

Busquei alguns dados para que pudéssemos comparar com a água que bebemos:

a)     100g de linguiça de frango possui 1351mg de sódio;

b)     100g de azeitonas possui 2087mg de sódio;

c)      50g (01 unidade) de pão de queijo possui 387mg de sódio.

d)     100g de biscoito de água e sal possui 835mg de sódio.

Então, viram que diferença existe entre o que está rotulado nas águas e o que consumimos na alimentação?

Não fique pensando que estou isentando plenamente a água, pois existem águas que podem ser bem mais prejudiciais que os alimentos. E não são as que estão nas redes sociais, televisão e rádios.

Vejamos um exemplo clássico: existem praias do nosso litoral, onde não existe água da rede pública e onde muitos moradores acabam perfurando poços rasos(de 25metros de profundidade, aproximadamente), em terreno arenoso, e que sofrem interferência da água do mar e dos lençóis mais superficiais, ricos em sódio. Então o pessoal bebe esta água, cozinha com esta água, faz chá, café e chimarrão, achando que é uma água pura e sem qualquer problema. Este sódio somado ao sódio da alimentação diária, pode nos dar a noção do grande risco que estas pessoas estão passando.

A recomendação é sempre fazer uma análise da água. Havendo muito sódio, poderemos equilibrar o consumo e, se houver pouco sódio, poderemos beber com mais sossego.

Até a próxima!

Marcelo Leal

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